Brilhou no céu; o infinito, a vermelhidão
E o sopro divino nos mandou João
Bendito seja o anjo do meu carnaval
Que profetizou um deslumbrante paraíso
Para desfrutar eternamente
Não há o fruto proibido
E nem pecado na serpente
Se a vida foi feita pelo criador
Nada é mais sublime que o amor
Alegria sufocada, o desejo reprimido
Liberdade condenada, sofrimento permitido
Na terra de limites é feliz quem se permite
Admite ter prazer para sobreviver
Mas, enquanto o mundo não suporta a paz
Os bens tiverem mais valor que o bem
E os sete erros forem capitais
Virão os mensageiros da destruição
Só a folia de um carnaval
Vai recuperar o juízo, afinal
Aos rejeitados a nossa celebração
Divinal, não há excluídos na festa da redenção
Vermelho é luz, é delírio, é se ver no espelho
Vencer preconceitos e ser verdadeiro
É Salgueiro!
Meu salgueiro é tentação
Impossível não amar
Furiosa é coração, faz arder minha paixão
Tá no sangue e no olhar