Oxente o Cariri invadiu a Intendente
Mostrando força e fé de toda sua gente
Vem alegria da Itacaré que reflete na avenida
Samba-arrasta-pé
Misto irreal que fantasia
Retirante em romarias
Moldados na poeira do sertão
Zé Lourenço
Amansador de burro brabo
Promete em aliança a devoção
Ao Padim Ciço Romão
No baixo d'Antas a terra um legado
Zé peregrino o beato consagrado
Oásis no deserto a produzir
Era plantar alimentar e dividir
Caminho, entre rosas e espinhos
Fuxico ambição rebuliço e sedição
No gargalhar da metralha
O aperreio à reforma tão sonhada
Mas o suor que a terra irriga
Seiva que semeia vida
É boi
Mansinho sacrificado
Afamado santo doutor
O devoto é aprisionado
Acusado de curador
Que viu na sua própria sorte
Brilhar a luz da escuridão
Na luta pela igualdade
Resistir seria em vão
A ceifa e a batalha
O chão rubra mortalha
Chora no agreste o caldeirão
O céu mais estrelado do Lua o chamado
Pra fazer forró do bão