De vermelho e branco lá na terra de Ifé
Panteão de Daomé, axé!
Vindo pra matar saudade nesse samba divinal
Reencarna no meu Carnaval!
Canta Viradouro!
Na Avenida uma história a contar
O mar, o mar... Guiando o negro
Sob as bênçãos e conselhos de Iemanjá
O destino traçado, cigano o faz
Alabê é iniciado aos orixás
Vestido de fé, abraça o deserto
Semeando amor, caminho incerto
Pede proteção a Oxalá
Ogundana deixa o reino Iorubá
Um por todos, todos por um
Oh mãe deusa das águas, Oxum!
No ar ecoou o toque do tambor
Em devoção ao pai Xangô!
Então, no Egito chegou
Se encanta com as divindades
Cânticos levam a paz
Revelada para a humanidade
A Roma cruzou o Alabê curador
Judith tão bela acende o amor
E o leva a Galileia, morada de Jesus
Volta a sua terra natal
Hoje em nosso Carnaval
Nos mostra que o Divino em nós
Faz nações se abraçarem em uma só voz
E a Viradouro vai desatar os nós!