Lá vem Estácio
Talhada pelas mãos dos ancestrais
Escola cultuada onde o tempo
Tatuou no firmamento a paixão aos carnavais
Rocha de rara beleza
Nobreza da cultura popular
Pedra preciosa de São Carlos
Que veio pra avenida festejar
As rimas que nasceram em Itabira
Defronte ao Pico do Cauê
Onde Drummond versejava
Poemas da janela, bonitos de se ler
Bonitos de se ler
Embala eu Estácio
Escrevi na pedra o teu nome salvador
Embala eu Estácio
Pra enxugar no samba o pranto da minha dor
Minas com seus belos diamantes
Lapidados na memória
Do relevo moldado das águas
Coberto de ouro e glórias
Índios do Pará brotavam em solo no verde da paz
Na serra rica em ferro, a cobiça
Sangrou a natureza em Carajás
E o astronauta trouxe da Lua
História lascada em bilhões de anos
Forjada por são Jorge guerreiro, nosso padroeiro!
Ô ê ô! Xangô me rege na avenida
Rei de òyó, batendo pedras fez o fogo protetor
Ô ê ô! Xangô me cobre a alma de amor
Que o berço do samba chegou