Vem ver o dia clarear
Nos ventos de Oyá
O sopro do amor
Sentir o corpo arrepiar
Um sonho Libertar
No toque do Tambor
Bahia ô Bahia
Quando o céu relampejou
Fiz a minha travessia
Bahia ô Bahia
Meu cortejo toca a alma
Faz do grito, Rebeldia
Cum licença Auê Yalodê
Salve a Rainha de beleza tão singela
Quimboto faz a esperança renascer
No ventre da mãe preta da favela
O canto não se cala
Enfrenta a opressão
Batuqueiro, ritmo que fala
Na pele a magia da emoção
Mutumbá Mainha, Afoxé
Ijexá, Candomblé
Anastácia sua história tem lugar
Didá é a força da mulher
Vou no Muzenza, ou Badauê
Minha Deusa requebra no Ilê Aiyê
Iaiá da ladeira do Curuzu
“Avisa lá” que chegou o Olodum
Axé Pérolas Negras, ecoa a igualdade
Axé Yabás guerreiras da paz raiz e ancestralidade
Epahey
Ventania de lá
Fazendo a gira girar
Na quebradeira
É o som de salvador
Temperado no Dendê
Nos versos da Estação Primeira
No balanço do Pelô
Eu vi o morro descer
É hora do chão tremer Mangueira