Sob o manto sagrado da portela
Sou mais um guerreiro
Da tribo tupinambá
Karioká desde quando o Rio de Janeiro
Era famoso Guajupiá
Paraíso verdejante, abençoado por monã
Com maestria o rufar do meu tambor anuncia
Hoje tem festa na aldeia, a tabajara é o meu muirakitã
Vejo brotar em teu ventre a esperança
Herança de nossos ancestrais
A Guanabara esbanjando exuberância
Um eldorado de riquezas naturais
Cunhatã maravilhosa
Em águas claras venha se banhar
Quero sentir a doçura de um sorriso
Na pureza do seu meigo olhar
Celebrando a alegria, não pode faltar cauim
Viajo em busca de um tempo
Que não deveria ter fim
Desejo um rio de guerreiras emponderadas
Valorizadas, no labor do dia a dia
Ver nossa gente em comunhão, sem distinção
Dar um basta na agonia
Desfrutar de segurança
Cultivar a inocência de uma criança
Resgatar toda beleza
Como era nos primórdios, em respeito à natureza
A missão é preservar e cuidar com mais amor
Aprender a dar valor para não se arrepender
Ouça o apelo, eu sou a águia
À luz do amanhecer