A passarela transformada no agreste
Um colorido de aquarela
Brilham as estrelas de meu chão
E a mocidade recebe do Alto do Moura
Os discípulos do rei do barro
Para em verde e branco festejar
Mãos que aprenderam a arte
Usando a matéria que é vinda do chão
Dando vida as figuras
Tomando ao limite a inspiração
Moldado em argila de barro
Eu sou traduzo a imagem
Do meu criador brotei
No jardim do agreste
Às margens do rio Ipojuca do Alto do Moura
Aprendiz de Vitalino eu sou
O boi sempre presente
Na jornada sua tração é utilizada
Para a colheita transportar
A vida trouxe pro meio desse meu sertão
O movimento de um jogo real
Maravilhoso de se ver
Nele tem monstros, sereias
Caçadores, mané pãozeiro e caracóis
Mundo de barro tabuleiro de xadrez
O sertanejo traz consigo a fé
Pra cada ato cabe uma oração
Sempre à frente do seu caminhar o santo
Que é de sua devoção