Xangô, Iansã na cabeça
Nasceu pra fazer diferença
Desde menino demonstrava suas qualidades
Em seu Ori toda certeza de ancestralidade
Mistura e sincretismo do Brasil
Quis mostrar a tolerância pra essa pátria ser gentil
Lá e lá vem ele
Vem ao som dos seus tambores
Vem chamando os beija flores
É a voz do povo preto, o grito é visceral
Laíla o griô do carnaval
Quem lhe via percebia
Que sua força
Vinha de algo a mais
Com suas guias sempre a mostra
Não escondia crença nos Orixás
Com a benção de todos os santos
De todos os sambas, lutou por justiça
Kaô kabicilê Xangô, Epaheyoya
Kaô kabicilêXangô. Epaheyoya
Muito musical, especial, um rei na afinação
Além do dom divino, popular, erudito
Fez dele um campeão
Pois sempre soube que o samba conta histórias
Não só de livros, mas que vivem na memória
O povo aplaude… É identidade
Nilópolis abraça a igualdade
É o campeão dos campeões
Pelo legado, raça e amor
Seja na Paz, seja na dor
Laíla eterno Beija-Flor