Bate no atabaque, toca o alujá
A ponte canta forte obá ko sô
É fogo que jamais se apagará
Meu ritual de amor
É noite de festa em Salvador
No ilê do matatu pequeno
Cores enfeitam o lugar
A filha do raio a girar
No ar, aroma de cravo e canela
Alabês, tambores
Vai começar o axé
Dobra o rum
É xirê de candomblé
Ecoa um grito vermelho
Levanta o oxé. Vem pra festa!
Yaô, a dança é pra xangô
Kaô, meu pai, kaô
Na roda da saia tem flores e cravos
Cores e giros no salão
Bate xerê, voa pra imensidão
De olorum alcança a morada
Um canto de fé, esperança sagrada
Até o alvorecer trazer
A paz da chama acesa
Que aquece a alma e o coração
Me abraça, mostra a força da religião