Obatalá, Obatalá!
Foi um dia, visitar Xangô
Consultou o babalaô
Viu nos búzios que a Exu ele tinha que agradar
O Rei de Ifon, disse com indignação
-Não dou agrado nenhum
Pois sou filho de Olorum
O Pai Supremo da Criação
Caminho eh, a luz do luar
A boca que tudo come, meia noite, saravá!
Jogou sal nas vestes soberanas
Trama pra Oxalá se degradar!
Laroiê, Okaran Odú
Na planície se ouvia
Gargalhadas de Exú
Kabecilê, Kaô
Obá chegou nas terras de Oyó
De manhã cantou o galo
Deparou-se com o cavalo que ofertara pra Xangô
Julgado pela sua aparência
Injusta penitência, revela o jogo do caurin
Motivo da desgraça que assola o reino do Alafin!
O rei da pedreira, liberta o amigo
Que vem do altar africano
E traz pro Brasil o terreiro sagrado yorubano
Oni saurê aul axé, Epa Babá, Epa Babá!
Lírio branco, hortelã e flor de lis
Dando um banho de axé no meu país
Oxalufã, vem coroar
Abençoar o nosso ilê, Imperatriz!