Benzi o meu pavilhão
Na magia do terreiro
De corpo fechado pra vencer demanda
Protegido, lá vem Salgueiro!
Com a luz que oxalá emana
O rufar do tambor anunciou
A gira lá no alto da colina
Desci o morro do salgueiro
Purificado pra avenida
Salve os pretos velhos mandingueiros
Banho de 7 ervas para aliviar o meu penar
Salvo estarei junto ao rei Marabô
Sentinela de xangô, kaô kabecilê kaô
Do império Mali, adoração
Bolsas com trechos do alcorão
Na igreja, três missas a rezar
A oferta que eu deixei embaixo do altar
Ê cangaceiro, bando de lampião
Chapéu estrelado contra o mau olhado
O moreno feiticeiro, um sinete arretado
Ao chefe mais procurado pelas bandas do sertão
No ventre da mata
Ressoa o maracá
Pra curar, a pajelança
Na tribo sou mais um pankararu
Catimbozeiro no terreiro da jurema
Saudosa Lapa
Falange na esquina faz morada
Com elegância dança na encruzilhada
O inimigo cai, eu fico de pé
Salgueiro carregado de axé
Vem no batuque pra saudar os orixás
Ogunhê, Okê arô, êpa babá, kaô, adorei as almas
Eparrey Oyá
Quem não pode com mandinga não carrega patuá