Pembelê Nzinga matamba
Pembelê, ô iá, ô iá, ô iá
No livro do teu pavilhão, lembranças
Engenho da Rainha no congá
Ê! Princesa Carlota sou eu!
Das histórias soberanas
Que atravessaram Portugal
Vi negros festejando pelas ruas
Libertos assim como o carnaval
De repente minha mente então vagueia
Fantasia de um sonho tão real
Em negras bandas desembarquei
Mistérios da terra desvendei
Matambá, ê, matamba
Trovejou em pensamentos
Brilha lua de Luanda
Matamba, ê, matamba
Salve São Paulo!
Realeza africana
Pó de ouro, escravidão
Diamantes e marfim
Palácio lendário
Em meus olhos a sedução
Desperta ambição em mim
Mas a Nzinga me curvei
Suplicando o teu perdão
Eu sou espelho das sangrias alianças
Do ódio e da traição
Feito mucama tua mão aceitei
Cada qual selou a paz e a união
Do sonho, enfim, eu, Jakina, despertei
Mucuiu Nzambi, canto da libertação