Minha Vila, iluminada e destem
Embarca na imaginação
Desvendando o sonho de um poeta
Na sua delirante criação
Lendas e mistérios tenebrosos
Vão viajar no trem fantasma da ilusão
Quem tem coragem treme sem parar
Quem tá assustado é melhor se segurar
Tem Saci Pererê, Curupira e Boitatá
Tá amarrado minha gente
Sai da frente do Anhangá
A bruxa do caldeirão, querendo te cozinhar
Os vampiros aparecem numa noite de luar
Cruz credo, mangalô três vezes
Quanto mais eu rezo (vovó)
Mais assombração aparece
Yara mãe d'água, sereia, mulher
O Yacuruna montado no jacaré
No meio do nevoeiro, homem vira lobisomem
Velho do saco não para de assustar
Mulher de branco voando pra lá e pra cá
Cuidado com a Cuca! Que ela vai te pegar
Atenção o maquinista anuncia: É chegada passarela!
Entre bonecos, feiticeiras e palhaços
A Vila vem desfilar com a galera
O rufar do tambor me arrepia
Quem tem medo de entrar na escuridão?
Carregue seu patuá, encare o bicho-papão
Chegou a hora de brincar com a assombração