É negro o sobrenome da bravura
Destino de uma saga soberana
Herdeiro da justiça e da candura
Filho da costa africana
Nas águas, navega a destreza
Das fontes sagradas, destino, esperança
Em lamentos e saberes ancestrais
Maré me leva ao despertar do Sol nascente
Oriente! Um novo cais, um novo dia
Ares de uma era corrompida
Na terra dos lendários samurais
Entre as cerejeiras, a vida em flor
A cor que reluz tamanha coragem
A espada que sangra por meu daimyô
É a mesma que luta pela liberdade
Reflete na pele escura
A noite sombria forjada na dor
Nem o oceano vai purificar
O que há de mais puro e de raro valor
Lenda que corre os ventos
Maior honraria de um nobre guerreiro
Eu quero ver raiar a igualdade por inteiro
E inspirar todo menino da quebrada
Yasuke vive em cada filho da Morada
Bate o tambor (taikô)
Sangue no olhar
Guerreiros da morada a lutar
Meu coração é Mocidade
Preta na alma e alegre a cantar