Será que o esplendor da fantasia
É mesmo a razão de toda folia?
Chega uma hora que chega
A nossa riqueza é ter alegria
Vem mergulhar sem pudor
Ser feliz, seja lá como for
Glória ao Zé Pereira
As madrugadas no bar
A Estação Primeira
Ninguém vai calar nossa voz
Nossos pandeiros falam por nós
Cada um vai como pode, sacode, deixa falar
Ô iaiá, malandro quer vadiar
Já vadiou
O arengueiro balança o chão da praça
Comanda a massa num cenário multicor
Quem acha que sem alvará não iremos passar... Nem liga
Vamos puxar o cordão
Derrubar o cordão e invadir a avenida
Nessa onda o cacique firma o pé
Tem bate bola no cortejo da ralé
Veste a colombina e o maltratado arlequim
Em retalhos de cetim
A máscara caiu no meio desse povo
Que põe o dedo na cara
E assina a direção de novo
Se é pecado sambar, não queremos perdão
Impossível negar a nossa devoção
Com dinheiro ou sem dinheiro
Vem cantar para o mundo inteiro
Silenciar a Mangueira não