Sagrada entidade que nos inspira
Sua luz hoje nos guia
Tuas guias nossa herança
Sua fé foi a bonança
Ori feito pra xangô
Quando os ventos de oya sopra o menino vencedor
Um griô, o sambista popular
Fez mironga, e mandinga, fundamentos de orixá
Povo preto singular
Da matriz de um quilombo
Soberana, e a beija flor
Do velho sábio soberano
Ooo Luiz do Carmo, senhor
Forjado no preceito do terreiro
Na lata, batuque esperança
Traçou o destino do bem
Do morro pro asfalto e mais além
Ouvido apurado, divino dom
Regendo tambores, tamborins, e violão
E na melodia que o samba se fez
Juntar poesias, tua maestria
Revolucionar, nosso templo marques
Em cada compasso, um passo pra glória
Diversas escolas, uma oração
Em certos enredos, retratos da vida
Corrida e sofrida de um folião
Entre aye e orum o mago e o grio manda energia
Pro festival de Prata em plena pista
Avante soberanos, companheiros
O meu orgulho é ser, mais um cria nilopolitano
Na alegria ou no cair do planto
Eu sou beija flor! Eu sou beija flor
De todos os santos de todos sambas
De Ogum padroeiro, irmão de xangô
Eparrey oya!
Laila e o canto do meu beija flor