Ogum abre os caminhos pra serrinha passar
Com a poesia do bom aprendiz
Feliz a cantar!
O genial, sambista raiz
Que conquistou o seu lugar
Sob a luz de Candeia
Compondo embaixo da tamarineira
Paixões, amor e carnaval
Ao amanhecer, a saideira
No palco do fundo de quintal
De banjo, em cada esquina um pagode num bar
Buraco e sueca pro tempo passar
E cerveja pra comemorar
Tá no batuque, o axé de xangô
O corpo fechado venceu
Versos ao som do tambor
Que vó Maria benzeu
Sambista perfeito, batuqueiro do amor
Amor à bandeira e à porta-bandeira
Adeus timidez, a família aumentou
Alto lá, felicidade chegou
Vai dar a volta por cima
E ver o seu povo brilhar
Imperiano de fé não cansa jamais
É doce dizer na luz do luar
Poeta, aqui é seu lugar
Entre becos e vielas, na favela
O show tem que continuar
Império e Arlindo, o amor pra vida inteira
É de Madureira!