A ê bàbá!
Àjàká máa bè kaô
Àjàká máa bè kaô
Beija Flor é seu gongá
Se tenho a história que você respeita
Que a justiça seja feita foi Laíla o orixá
Ele bradou no alto da pedreira
Corpo menino, alma de orixá
Baixou xangô pra ver a sua cria
Sob a ventania de mamãe Oyá
Blindado feito o metal de oxê
Forjado para me fazer vencer
O seu orí tem mironga
Em cada fio de conta
A fé sincretizada nesse meu griô
É tronco forte muzemba
Que risca ponto na pemba
É viga que não se curvou
Dos ibejis à magia cigana
Okê caboclo! Flecha soberana!
Gangazumba ê! Luiz!
Reparação do gueto, a minha raiz
A voz das vozes silenciadas
Comandante preto da nação baixada
Um mestre, resoluto, inovador
O dom absoluto em harmonia
Deixou seu legado por onde passou
Junção de malandragem e poesia
Verdade, o samba fez a dor passar
Mas fica no meu peito essa saudade
De quem fez de nós um exemplo de comunidade
Meu velho, da encruza até a quadra
Há macumba arriada
Não há chama que lhe forje
Saiba, já está tudo preparado
Pra você ser assentado
Bem ao lado do são Jorge