É bênção, é crença
Vem no toque do tambor
A Vila Dalila é guerreira
Me respeita por favor!
A cultura que o negro presentou
Sob a crença de nagô
Ecoou o nascimento
Deus Olorum lhe ordenou
A criação do mundo
Missão de Oduduá
Pra quem tem axé, pra quem amar
Transformando a obscura existência
Derrama do apo-iwa
Afefé òtun, omi, inã, ilê aiye
Canta na cadência do samba
De Oran até Ale
Oxurá, clareia com imensa fé
Abaya, semeia a vida pra que eu
Possa desfrutar
Dos clarins de Aydan, do fogo de Oru
Da paz de Imele e da ira de Tutu
Moldado em barro é universal
Por Obatalá se fez o homem
Deu origem a vida em um sopro divinal
E o mundo se completará