Desperta o diário adormecido
Bordando o livro da primeira academia
Era dia de festa, a negritude na folia
Carlota embarca na imaginação
E aponta em Luanda
Pra desbravar a sagrada matamba
Onde Nzinga no poder
Defende sua gente até morrer
Pembelê matamba!
Oiá, matamba, ê
Oiá, oiá, oiá, ê
Nossa princesa
Condena a coroa portuguesa
Veste o medo de coragem pra seguir sua viagem
Pelas brenhas africanas
Mistério, fartura, riqueza
O vento traz no trovão, um raio de luz
O clarão na mata conduz
Ao palácio encantado
Por guerreiros guardado
Marejando o olhar a rainha negra
Vem do além perdoar e coroar
Carlota Joaquina
Me deixa sonhar o sonho real
Nas páginas do carnaval
Mucuiu Nzanbi, Jakina!
Mucuiu Nzanbi, Jakina!
Esse teu reinado me fascina
Mucuiu Nzanbi, Jakina!
Mucuiu Nzanbi, Jakina!
Tua corte é meu Engenho da Rainha