Alma guerreira na tez da manhã
Sopro de Janejarã
A flauta concebe a vida (Aê Aê)
Contam que Tukã-Moj traiçoeira
Nas matas, o caos rasteja
Devorava a harmonia
Meu povo é flecha que resistiu
Herança de Janejar
Meu povo é flecha que reexistiu
Karaikô nenhum vai nos dominar
Hei águia hei... Bicho homem, gente peixe
Hei águia hei... Gente pássaro voou
Tinja de jenipapo a coragem
No urucum a liberdade
E o meu mundo ganha cor
Waruá reflete ao Xamã
Opiwanã, sobrenatural
Evoca o poder em cada imagem
Ancestralidade pra vencer o mal
I’ete expressão da nossa história
Cada traço uma memória
Grafia que não se escreve
Kusiwa marca um povo campeão
Consagração eternizada em nossa pele
Minha aldeia faz tremer
Verde e branco faz tremer
Balanceia o rio-mar
Wajãpi Awê! És a lança pra vencer
Quando o Império desfilar