Vou contar a saga de oxalá ao reino de xangô
No itã da alma da realeza iorubá
Na magia da ancestralidade
Rufam os tambores, firma o ponto
Há nobreza no meu conto
A soberba ignorava o aviso
O castigo ao encontro do amigo
Vem na cabula ioiô!
Segura a pemba iaiá!
Tem lamento sujo de carvão e lambuzado de dendê
O fardo aumentava o sofrimento
Nessa viagem Exú deu o tom
Gargalhada ao senhor de Ifón
Gargalhada ao senhor de Ifón
Guiando o cavalo de xangô
Chegou ao reino de Oyó
Pela aparência foi julgado
Sete anos condenado
O palácio então estremecia
À injustiça, e vem obá
Bate o machado, liberdade
Livre o inocente da maldade
De branco a paz, na lavagem a redenção
A coroa maior brilha em procissão
Epa babá! Vem pra dança
Na imperatriz tem festança
Roda baiana no ijexá
Água fresca para oxalá