Africanizou, Mangueira!
As cores da cidade são verde e rosa!
Axé, seu canto é magia!
Levanta a poeira, ê Bahia!
Mangueira, ancestralidade é raiz
Bahia, tesouro africano do Brasil
Mesmo diante da dor, jamais sucumbiu à qualquer opressor
Sob as bênçãos de todos os Santos
Na força de Oyá negritude aportou
Em solo que exala energia
Cucumbis afugentam o mal
O cortejo revela ousadia
Resistência à perseguição
Clube é arte sem proibição!
Entra na roda, quero te ver sambar
Exu, mensageiro, luz no caminhar
Afoxé desfilando faz o meu chão tremer
Estação Primeira, Ilê aiyê!
No pulsar do negro toque do agogô
Já não tenho mais senhor, só me curvo à liberdade!
Trago nas veias os tambores do Pelô
Sigo o Trio em Salvador, nagô baianidade
Nas quebradas, vejo peles bem pintadas
Tantas Áfricas cantadas, dançadas e cheias de cor
É Badauê, tem Timbalada, Samba, Reggae e Olodum
Herança que encanta, verdadeira mistura de amor!
De alma lavada eu vou
Fervoroso na fé do Bonfim!
Salve os filhos de Oxum
Felicidade não tem fim!