A jangada vai partir!
Júlio Verne, o jangadeiro
Cabe São Gonçalo inteiro dentro da embarcação
Delirei
E viajei na imaginação
A Amazônia é inspiração
Minha aventura segue o rio-mar
Pra expirar da mente um mundo de beleza
Nessa jornada à natureza
Mistérios vão me guiar
Navego com a alma dessa gente
Bravura foi semente
Zeneida me ensinou
Baku se fez pajé
Mulher de fé a revelar
Quem tem a força da floresta
Protege e luta por seu lugar
Curumim não teme a dor, é ritual
Na pele o seu valor ancestral
Presente pra nova era
Raiz que brota no chão da terra
Sonhos ribeirinhos nas margens do caminho
No reino da mitologia
Lendárias encantarias
Vivas poesias na memória
Tão lindas histórias Tonzinho contou
Tigre, caprichoso, garantido
Neste devaneio, unidos
Do porto da pedra eu vim
Cantar esse amor sem fim
Ê, caboclo, ê!
Meu povo dança sob a luz da Lua cheia!
Ê, caboclo, ê!
Na pajelança me encantei nessa aldeia!