Sopra, à noite, o vento de oiá (oiá)
E anunciou
Lágrimas transbordam a retina
É o filho de Corina
Meu menino de Xangô
Genialidade, rege seu ori
Ancestralidade, um leve colibri
Eu levo fé no meu fio de contas
O inimigo desmonta
Eu permaneço de pé
De todos os santo, da encantaria
Se na mão eu levo o terço
No pescoço eu levo a guia
Povo preto da baixada, vencedor!
Quem é do gueto não teme nada, nem senhor
Minha alma africana é a mesma de Laila
Beija Flor
Regente da orquestra popular
Talento absoluto, maestria de griô
Dispondo ousadia ao desfilar
Nos caminhos da harmonia foi que a gente se encontrou
Veje bem o jeito de quem faz história
E que tem eternizado na memória
Os carnavais na Galeria dos imortais
Quando a saudade apertar
Lembre que amor não tem fim
Nos somos um só você vive em mim
Oba koso kao, kabisele
Orum ordenou tem festa no ayê
Laila eternamente soberano
No coração do Nilopolitano