Tem corisco, Dadá, zé baiano e azulão
Pé de pato, pé de peba, jararaca e Julião
Tocando o terror, sambando feliz
Com a imperatriz
O clima tá esquentando
É muita bala voando pelo ar
Enquanto o sol segue castigando
Tem calango se escondendo
O carcará vai se fartar
Chegou o líder dos bandoleiros
Em seu chapéu de couro brilha a estrela de Salomão
É Virgulino Ferreira, o Lampião
Se a cabeça não pensar
Do cangote vai rolar
Assim aconteceu com o cangaceiro
Mas depois da morte é que veio o aperreio
Na casa do capetão, o capitão se anunciou
Temendo a concorrência
A rachadinha da estadia o capiroto negou
Irado, tocou fogo no inferno
Buscou repouso eterno no céu de nosso senhor
Pedro negou seu ingresso
Padim ciço até que tentou
Então voltou à terra, virou carranca
O poeta o fez poesia
Nas mãos do mestre, virou magia
E hoje diria: Eu não sei o que contaram
Mas, se a luz de um lampião se apagou
Outros lampiões ficaram