O meu batuque vem na ginga, no swing da cor
É a Bela Vista, com a bênção de São Salvador
Sambar com fé eu vou neste compasso
Alô Gil! Aquele abraço
Vai meu tambor
A negra herança dessa gente, que tem seu valor
Vai meu tambor
Hoje o palco da folia está em festa
A estrela Gil no céu da nossa inspiração
É luz em poesia um canto em oração
É que teus versos são preces
Tem alma parecem que falam com Deus
Valeu Senhor! Por este grão que germinou
No chão da velha Bahia
Teu som tem o dom, de nós encantar
Nos faz refletir, sorrir e chorar
Traz em teu canto nagô
A essência do teu orixá
Filhos de Gandhy é luz, é paz e amor
Vai Vai é tempo Rei, no Expresso Brasil 222
Só quem sabe onde é Luanda
Jamais se curvará a um poder opressor
Levantaste a voz em resistência
Mesmo exilado o herói não se calou
Nas veias a tropicalia, um banquinho e o violão
É brincadeira ê José confusão ô João
A arte nua e crua, clara como a Lua
Cultura viva desse chão