Vai, vibrante ventania
Exala a rosa, inebria
Perfuma a Rainha do Jacutá
Tem magia na barra da saia
Vai ter gira não’alfaia
Se a terra é de todos os santos
Os feitiços são tantos
Eu vou
Renascer feito um cortejo
Liberdade! Minha cor ninguém apaga
Bahia dos ancestrais
Recusa o açoite pra nunca mais
Oh, Lua menina
A rua é doce, Odociaba ilumina
A cidade é baticum, todo mundo é D’Oxum
Ora yeye o, ora Yeye Lokun
O ventre do tambor pariu revolução
Ilê, Malê, Muzenza, Didá
Dias melhores virão
Na força das yalotins
Forjadas no jequitibá
Meu corpo transforma chibata em baqueta
Haussá, Bantu, Nagô, Iorubá minha fé
Vem ver o verde-e-rosa num banho de axé
Soltar as amarras do algoz
Viver a África que existe em nós
Ô Iaiá, levanta a poeira
Ô Iaiá, meu samba é Salvador
Avisa lá, avisa lá, quem desce a ladeira
Ôô foi Mangueira que chegou