Vem carimbó, quero mais carimbolar
Sou Grande Rio no encontro do mar
O destino me leva, princesa
Tá na barra da saia
O balanço da correnteza
Meu canto tem o poder da tempestade
E no conto de sereia, menina, dança feito a liberdade
No portal da encantaria, coração segue viagem
Pelo banzeiro no barco do meu Grão-Pará
O verso, flutua
A Lua alumia a encruza do abassá
Nas profundezas, sei que a vida continua!
Maré encheu estremeceu
Verê
Das espumas, divindade, senhor
Da turquíssima trindade, protetor
Ê marajó, espelha meu olhar
Da lama nasce a flor
Que a vida recriou
Romã-bacuri-biribá
Ela é jurema! A mãe da cura!
Quando a flecha acerta o alvo
Incorpora a criatura
Pajelança, quatro contas e doutrina
A garra de Herondina, o canto de mariana ecoou
Jarina sentinela vigilante
Das caboclas o levante, meu cocar é tricolor
Verequete chamou (Verê) vai subir a fumaça
Verequete chamou, curimbó da Baixada!
Tem tambor de mina em Caxias
Da magia parawaras