Vai ter kizomba e axé
Peruche é samba no pé
É tradição, celeiro de bambas
Oitenta fevereiros a cantar
Deixa tristeza pra lá
Ecoa o tambor perucheano
Incorpora a negritude outra vez
Da força que irmana os povos
Um toque tribal assim se fez
Evocação em rituais
Herdando o dom que vem dos ancestrais
Roda menino nessa ciranda
Faz poesia em forma de oração
Vem festejar no terreiro da fé
Calangueando na palma da mão
É da Vila, da Vila
Partideiro menestrel
Do povo
Lá do berço de Noel
Renasce das cinzas, meu laiaraiá
“Feitiço” que encanta o boulevard
Vai cruzar o oceano, pelas mãos do escritor
Lusitana trajetória, um poema de amor
Toca viola e pandeiro, vem recordar
Dikamba nos versos e nas melodias
Celebrando a poesia
Sonhos vão além da quarta-feira
A “liberdade” é “raiz” verdadeira
Martinho dá o tom na filial, é pra lá de bom