Bate opaxorô no chão
O cortejo de ifon vem saudar o pai maior
Oni sawre agô! Oni sawre babá!
Presságio de babalaô ao grande erin
Na saga ao rei de oyó, quarto alafin
Jogo feito de odu na cabaça opom ifá
Ante a sorte era exu, vendo a fome em seu padê
O caminho que dá vida, dá a morte ao gargalhar
É boca que tudo come
É olho que tudo vê
Ê orixalá, filho de olorum
Branco é seu alá, preceito: Osé dudu!
Respeito aos seus rituais
Velho enverga, mas não quebra
É o pai dos orixás
O couro marcado, a veste tingida
Tem sal e suor nessa pele retinta
Ensina a quem prega um fardo de dor
Quizila não pega onde vive o amor
Ôô obá
A cela do reino se faz maldição
Mazela a razão nas ruínas da lei
Até onde sei a justiça é xangô
É ganga ô! Ê ganga kaô!
Meu samba atiça omi na cachoeira
O povo lava alma quarta-feira
Nas águas de oxalá
Egbe! Traz o acaça
Chama iabassê, giram iabás
Xirê! Xirê!
Xirê! Guarda meu ibá
Nossa coroa tem que respeitar!
O ilê Imperatriz traz um banho de abô
Emoriô! Emoriô!
Afoxé tem axé pra purificar
E quem deve que se entenda com o cajado de oxalá!