Brilhou no azul do céu
A luz que Olodúmarè pintou
O porta voz no som do meu tambor
Ancestralidade e magia
É voz que não cala
A pele arrepia
O corpo que vibra numa cantoria
É som pra lutar por liberdade
Revolta, pelo sangue derramado
Essência de todos os santos
É baianidade!
Subindo a ladeira eu vou que vou
Na batucada, Ilê Ayê me chamou
No Curuzu, firmei meu ponto na fé
Na força da palha, Atotô, Adupé!
Meu rei
Vá por essas ruas, e avenidas
Laroyê, purifique, traga alegria
Que a minha Vila hoje vem festejar
Ó senhor, dê Bonfim á tanta intolerância
Ô nega põe o turbante, solte as tranças
Nossa beleza negra é você
Clarins ecoam: Feliz cidade
E o lado leste vem com seu culungundum
Irreverente, Criador
É tradição do samba, sim senhor
(Quem é da vila vai cantar)
Ê faraó
Ê faraó Bahia
Egito ê
Num cortejo azul e branco
Meu quilombo é Nenê