Egbé Iyá Nassô Padre Miguel
Congá de canjerê
O povo pediu meu boi vermelho chegou
Ninguém derruba filho de xangô
Xangô
Kaô xangô
Guia meus passos no alujá
O teu machado rege o tambor
Do teu sangue nasceu Iyá
Um dia corpos pretos sobre Yemanjá
Lágrimas se misturavam as ondas do mar
E chegaram a salvador
Okê Okê
Era Oyó que ficou pra trás
Kabecilê
No seu peito trazia a dor
Em sua alma o adê do pai
Essa raiz é nagô
Irmandade plantou axé
Adetá, Akalá, Iyá Nassô
A liberdade é mãe do candomblé
Nasci num país de ideais colonizados
Real cicatriz, marcas do passado
Iyá, bravura do meu ilê
Foi revolta, imalê
Na Bahia guardou o sagrado
Ilê axé Nassô oká
Uma herança, retorno de uidá
Semente dos orixás
Na casa branca terreiro de preto
Engenho velho ancestral
Meu refúgio, meu segredo
À sombra de um bambuzal
E na minha devoção tomado de fé
No final minha nação estará de pé
Ao final, Vila Vintém de pé