Acendo a vela pro meu santo padroeiro
Dobro o rum sou batuqueiro
Que o Xirê vai começar
Respeite o meu bangulê
Jeje, nagô, yorubá
Bato cabeça pro meu Orixá
Dobro o rum sou batuqueiro
Que o Salgueiro vai saudar, meu protetor
Nessa corrente de fé
Derrama em nós seu axé
Xangô oooo
Kao Xangô Alafim de Oyó
Abre os caminhos para o meu Salgueiro
Seu Oxe vai nos guiar
Com a graça de Olorún
Dádiva Divina abençoai o meu terreiro
O Rei Maior, lança do Orún os raios e trovões
Sua história inspirou nações
Da realeza ao amor das yabas
No coração de quem ama
Chega ao novo mundo como herança
Resistência se fez raiz
Importante em nosso país
Com clamor ao meu senhor
Me ajoelho no altar
Queima o fogo do agerê
Para o mal purificar
Leão salve a pedreira
Sincretizado ele mora na cachoeira
Bahia de todos os deuses, saudade
Faz o coração palpitar, felicidade
Na ginga e na força da comunidade
Rufam os tambores no aluja
Oba da academia vai incorporar
Firma o batuque, o alabê vai cantar
Entra na roda e deixa a gira girar
Com fé eu peço aos 12 obas
Justiça e igualdade, alafiá
Xangô é minha vida, o nosso pai, o nosso rei
Em oração te clamo em poesia
Em nome do pai amém!