A Cabuçu de azul e branco
Reluz o seu manto e vem exaltar
Sua poesia em obras tão belas
Mestre Noca da Portela
Nasceu herdeiro da luta pela liberdade
Punho cerrado contra a desigualdade
Na veia a cultura de seus ancestrais
A musicalidade de Minas Gerais
Oswaldo é sua graça, seu pai o apelidou
Noca sinônimo de raça, é nó na madeira sim sinhô
Na feira livre descobriu a profissão
No catete onde tudo começou
Se fez poeta, compositor, tricolor de coração
Do alto do morro, lá no Tuiuti
Para águia altaneira de Madureira
Hoje na Cabuçu, celeiro de bambas
Salve Noca de todos os sambas
Seu gingado tem axé
Firma o ponto e vem com fé
Eternizado na cultura popular
Nos braços do samba que o consagrou
Sua arte o mundo encantou
Caciqueando pelas ruas da cidade
Foi preciso muito amor
Pra transbordar felicidade