No sopro de Orum África
Templo divino, do conhecimento da literatura ancestral
Surgem pássaros sagrados
Que deram a garantia
Com a proteção de Oxalá
Às mães da sabedoria
Veio a travessia de Kalunga
E chegando aqui surge a miscigenação
Um país, que tem na luta sua essência
Vê nascer na resistência
Negras guerreiras com o dom de excelência
Tem a raça de Benguela
E força de Dandara
Anastácia não se deixou intimidar
Xica da Silva de punhos cerrados
A imperatriz vem relembrar
Desponta o mensageiro da esperança
Trazendo as bênçãos pelas mãos
Das mães santas
Meu tempo é agora!
Sou caçador de alegria
Mãe Stella já dizia
Um eterno aprendiz
No Canindé um quarto de despejo que ali surgiu
Da reciclagem desse meu Brasil
Reluz Carolina!
Maria de Jesus
Tia Celice que é gente da gente presente
Vermelho e branco minha identidade
De Bené a Maiara resistência
Minha coroa é força da comunidade