Oxalufă
A Imperatriz lhe pede agô
Pra relatar a tua saga até o reino de xangô
E te banhar em águas frescas meu senhor
Abriu-se o caminho ansiado
O rei de ifon está predestinado
Sob a profecia do ifá
O caurim precisa lhe guiar
Mas o odú alerta o seu proceder
Aso fun fun, osé dudu
Pro mal afastar, um ebó pra exú
E sem aceitar oxalá provou
Das artimanhas que bará tramou
E assim seguiu, sem acreditar
Poeira que marca, o vinho que mancha
Dendê avermelha, tamanha demanda
A vil gargalhada, o dono da estrada
E seguiu assim, sem acreditar
Poeira que marca, o vinho que mancha
Dendê avermelha, tamanha demanda
A vil gargalhada, eis o dono da estrada
O fardo da viagem em seu costeiro
Transforma por inteiro seu caminhar
Reluz no olhar o branco esin
Presente fiel ao nobre alafin
Silenciado, encarcerado, em castigo
O bramido ecoa em seu abrigo
Na dor revelada a ruína de oyó
Hoje a Leopoldina estende seu alá
E faz ressoar a justiça no pulsar da emoção
Opaxorô erguido
Vai ter xirê pra celebrar a remissão
Ê iabassê prepara o ebô e o acaçá
Consagra rainha o adê
Toca aí alabê, águas para oxalá
Eternize oferendas ao grande otá