Meu tom hoje é de manifestação
Cansado dessa dependência
Comendo as sobras do patrão (eu não)
O verdadeiro Dom, enfim, desperta
E agora nos liberta
Além das margens da encenação
Insurgir às mazelas sociais
Resistir é nosso orgulho
Independência sem o povo eu não entendo
Se a deles é setembro, a nossa é 2 de julho
Vem dos malês, do iguará
De Salvador a consciência no Grão-Pará
A luz da resistência democracia
É o povo no poder!
Desfilo por um recomeço de paz
Capaz de mexer na estrutura que há
Desarmo a ignorância
Fazer militância é mais que sonhar
Somos Quitérias, Filipas
Nos tempos de hoje, querendo direitos iguais
Pela inclusão dessa gente que sofre
Que sente na pela buscando ter mais
Deusa Soberana
Seu grito é libertário na avenida
Pra eternizar
Independência e vida!
Onde houver um excluído
Um irmão abandonado
Nos brasis tão premidos
Do feroz patriarcado
Nossa força é coletiva e o samba é porta voz
Somos pela Beija-Flor
E a Beija-Flor é por nós