Tambores vão ecoar, a voz de Deus nos guiar
O sonho encontrar a poesia
Com fé e devoção, portela em procissão
Canta, Milton, é romaria
Feliz sou eu bordando os sonhos
Com a fantasia, vou banhado de suor
Meu pavilhão é quem me guia
Ancestralidade leva o povo a lutar
Um choro embargado na garganta
Cantar, cantar, cantar
Um rio de gente e seu afluente, é o amor!
O elo que prende a corrente
Nos une a voz do cantor!
As vozes na terra venciam o medo
Um canto de guerra seguia o cortejo
Ao longe se ouvia o Sol trovador
Das suas origens um novo andor
O Sol há de fazer à travessia
Trazer a crença a calmaria
A melodia das canções
Enfim, o astro rei traz nova aurora
No sorriso que se aflora
Se faz justiça no país
Em cada suor no meu rosto
Um sonho teimoso de ser tão feliz
Agora, a águia nos conduz do azul do céu
No vale das gerais, ao mundaréu
Se rendem a felicidade
Seu santo altar, se transforma em passarela
O lindo Sol vai brilhar junto a portela
Sopra a voz de Oxalufã
Tem canto de alegria no ar
No doce estrada a cada manhã
Portela vai onde o artista está