Estremeceu
Quando a noite adormeceu
No canto de Yby, a revelação
Sonhei com o manto sagrado
Meu povo encantado defende esse chão
Tupã bradou forte na macaia
Fez a onça e a jandaia
Toda aldeia convocar
Sou eu... A resistência nua e crua
Já é tempo, já é Lua
De Assojaba regressar
Ê Majé….. Teu feitiço é jureré
Ê Majé... Tece o manto vermelho guará
Na beira do rio segredo ancestral
É de Majé o infinito ritual
Se o velho continente o levou
Das mãos originárias, seu lugar
O sopro de Ibytu reacendeu
Na luta o desejo de reconquistar
Por tantas Glicérias, por meus ideais
Meu povo faz guerra, em busca da paz
No arco e na flecha
Resgato a memória dos meus ancestrais
Na força da lança enfrento a cobiça
Você diz vingança, eu falo justiça!
Tucuruvi Tupinambá, eu sou!
Originário da floresta… Kiô Kiô
O meu cocar fez raiz na Cantareira
Nosso manto é a alma da cultura brasileira