Desce o morro, quero ver quem tem coragem
Academia é o altar da malandragem
Traz Padilha e sete saias
Pra navalha, minha fé
Sai da frente que o Salgueiro vem virado no seu zé!
Asuncê, saravá! Meu quelê!
Vim pra vencer demanda
Defumo com as ervas da jurema, benjoim e alfazema
Salve o povo de Aruanda;
Salgueiro é de umbanda!
Preto velho mandingueiro que benzeu meu patuá
Pra saudar meu pai xangô, kaô! Kaô!
Acendo vela no congá
Laroyê! Noite de segunda-feira
Seu Pimenta e Marabô, já firmei lá na porteira
Mandingo é feiticeiro, magia que vem de lá
De Mali pro meu terreiro
Meu axé pro seu Alah
Tem dendê, tem dendê!
Entre fios e miçangas
Tem dendê, tem dendê!
A bença, tia baiana!
Já pedi na encruzilhada, rezei no pé da cruz
Minha vida foi selada por marias e exus
Bendito seja o rosário de mãezinha
Que me protege nas trincheiras do sertão
Cabra moreno que rezava a sorte
Que cegava a morte, se valeu no cão
Nas matas, o meu caboclo tem pena vermelha
Xetro! Maromba, xetro! Flecha certeira na mão
Jurema que plantei no meu torrão
Ê, mariwô! Ê iaô!
Corpo fechado, o salgueiro incorporou