O Sol nas águas do Abaeté
Espelha o amanhecer
Reflete a força da mulher
Eu sou Maria entre as Marias caminhando na areia
A liberdade é o sonho que semeia
De pés descalços no quarar de cada dia
Jangadas ao mar, cantigas no ar
Pra Iemanjá abençoar a pescaria
Tem amor lá no chão do meu terreiro
E o tempero é carregado de axé
Vou levando com fé o tabuleiro
Até quando Deus quiser
Um canto de paz
E a tarde cai sob a luz do farol
A dança livre ao som do tambor
Da negritude que não se entregou
(Não se entregou jamais)
Encontro na mãe a mão que desata os nós
Enfim somos todas iguais
Olhai por nós
De alma lavada
Sou Viradouro e nossa voz é oração
Nas ganhadeiras o clamor de união
Do meu Brasil de alma lavada
Sou Viradouro e nossa voz é oração
Nas ganhadeiras o clamor de união
Do meu Brasil