De angola o canto livre
Pra memória do Brasil
O semba dos ancestrais
É o porta voz
Dos silenciados afrobrasileiros
Em duas barras nasceu
Com a benção dos primeiros raios de sol
Pandeiros violões à volta da fogueira
Nos cafezais acordes de um acordeon
E foi crescendo pelos caminhos do som
Folia de reis e mineiro pau
Ciranda e calango, um samba de roda
Lavrando música no azul de Isabel
Cantando notas nas calçadas de noel
Alma.. Um mar de calmaria
Manso… Ele percorria
As trilhas e trilhos, as filhas e filhos
Mãe teresa sabia
Que o menino não lhe pertencia
Tornou-se escritor com maestria
Na lusofonia o nosso embaixador
Deu vida à enredos, griô popular
E a filial do samba faz a festa no arraiá
É o negro rei na Kizomba
Oitenta anos, parabéns Dikamba
Axé Martinho José ferreira
Peruche canta a nossa raiz verdadeira