Minha diva e meu amor
Brilham pra eternidade
A deusa negra e a estrela do castor
Salve Elza! Salve a Mocidade!
Deixa a menina de Padre Miguel cantar
O destino cumprir seu papel
E nos emocionar
Deus seja louvado!
Sem capital
Pecado é não ter o que comer
Se o laico é velado, a fé vai proteger
Arrastando humilde traje com bravura
E coragem sob olhar do homem vil
Igualdade tão sonhada que perdura
Excluída na moldura do Brasil
Pintou melanina em aquarela
Cantou por milhões que vivem a lutar
Da fome a fama, seu nome é agora
Caloura na lama, reluzente aurora
Atitude na voz, talento raro
Intolerante e algoz erraram
Viu no arco-íris, liberdade
A resistência, toda forma de amor
Vestiu a armadura de são Jorge
Santo guerreiro, cavaleiro protetor
Oyá trouxe no vento a esperança
E fez brotar numa mulher
Não mais criança
Já calejada na vida
Sentiu na carne o preço de viver
Fez de um mané seu bem querer
Da Vila Vintém ao fim do mundo
Independente nascida pra vencer