Atravessamos um mar de tormentos
Gritos, lamentos, estalos no porão
África, o Reino Sagrado de meus ancestrais
Além do oceano, ficou para trás
No Cais do Valongo, irmãos do Passado
Lançados a sorte, o mesmo Ideal!
Unidos na fé traçaram destinos de luta
E de sangue na Pedra do Sal
Plantaram sementes na Pequena África
Brotaram do chão notas musicais
Moldaram um país miscigenado ao som de atabaques nos congás
Firma na palma da mão
Na gira do candomblé
A nossa devoção de muita Fé
A Tia Ciata, minha reverência
A matriarca de toda resistência!
Salve as raízes e matrizes Africanas
O sangue dessa gente clama por amor
Vou cantar até morrer
Sou Raça Rubro Negra
Eu sempre hei de ser
Em Nome do Pai eu Peço
Agô Pra Toda Essa Gente eu Canto em louvor (Agô)
Agô a essa gente bamba
Agô pra quem sabe o valor do samba!