Eu vim de lá do Caixa-Prego
Me embrenhar nessa avenida
A Imperatriz é quem vai me dar Guarida
Cultural e Popular
No xaxado arrasto pé
De Gonzaga a Vitalino
Patativa do Assaré
Nascido na serra talhada
Chão de terra rachada
Vou assuntar com você
Prazer, eu sou cangaceiro
Um homem guerreiro
De muita história e poder
Durante a vida inteira
De Pereira a Ferreira
Eu perfumei o sertão
Zarolho, com chapéu de couro
Meu rifle imponente me fez Lampião
Devoto, de corpo fechado
Numa traição, alguém me achou
Não parei por aí
E fui bem mais além
Mostrar quem eu sou
Matuto, rei do cangaço
Fora da lei do homem de terno
Peguei meu cavalo arretado
E fiz arruaça até no inferno
E saindo
Saindo de lá fui buscar
Morada no éden fiquei no portão
Palavras ruins descreviam
As minhas façanhas num papel de pão
Os anjos tremiam de medo
E até lá no alto Pedrão não me quis
Desci num trovão pro sudeste
Fui bem recebido, aqui sou raiz
Dai proteção, dai proteção
Oooh padim ciço
Por todo Brasil o meu gibão é fantasia
Estou confuso sem cabeça pra pensar
Tem viola e cordel
Tem estrelas no céu
Aqui é meu lugar