Vem minha flor no toque do tambor
A desabrochar num canto nagô
A negritude no ar espalha magia
Eu sou Vila Dalila!
África, desperta o ventre sagrado
Olorum, o sopro divino apo-iwa
Oduduwa gerou o que há
Inã, omi, afefe
Aye, asé!
Oran nos propicia o dia
Ale a escuridão da noite
Abaya os animais e as flores
Resplandece a existência
Fertilidade nesse chão
És tão divina, sagrada missão
A força do tempo no poder da criação
Dos filhos da mãe natureza
Nasceram as quatro estações
Em meio a tanta beleza
A mais importante das obrigações
Obatalá do barro o ser humano moldou
Reluz o dom da consagração
Soprando a vida Olorum o animou
Desperta o homem a mais divina inspiração