Nessa viagem, caminhei lá pelo Norte
Verde Amazônia, a mais bela invenção
Tem no seu filho um guerreiro bravo e forte
Porto da Pedra recriou a criação
Sou o mensageiro da imaginação
A desbravar a divina inspiração
O infinito não é longe meu Senhor
Na jangada do inventor vou encontrar
Os segredos de uma terra fascinante
Divinamente delirante, sem limites pra sonhar
Que no seu verbo fecundo o criador fez brotar
Eu vi Zeneida exaltar a flor do igarapé
E a pajelança invocar o Caruana da fé
Jurupari, o ritual tem Caa-cy e Boitatá
Seres da floresta que protegem seu lugar
Eu sou a fera, curumim, sou natural
No meu Delírio tudo vira carnaval
Senhor de rara beleza
Na tua pureza eu pude sonhar
Amazônia, cenário infinito, tuas cores
Teus mitos, histórias pra se contar
Os mistérios da floresta vão nos guiar
Rufam os tambores anunciam que a ilusão
Vai aportar num lindo cais então
Hoje no Porto do mundo, já posso festejar
Um sonho profundo vai contagiar